O Instituto Luisa Mell anunciou na última sexta-feira (28) a decisão de tirar a homenagem feita à ativista e renomear a instituição. Em nota, os organizadores à frente da ONG afirmaram que agora ela passou a se chamar Instituto Caramelo, em referência à cor mais comum dos cães vira-latas no país. Segundo a publicação, a mudança aconteceu por causa de uma série de alegações, inclusive de que a ativista não fazia doações. Luisa quebrou o silêncio sobre o tema neste domingo (30), e negou todas as acusações.
De acordo com a postagem do Instituto Caramelo, a decisão foi tomada para “despersonificar o trabalho e separar posturas e interesses individuais” do grupo responsável por fundar a instituição em 2015. Além disso, a ideia de adotar o nome “Luisa Mell” veio como maneira de tornar a marca conhecida.
A alteração fez com que o instituto fosse alvo de críticas por parte dos seguidores. A instituição, então, rebateu uma delas. “Ao contrário do que muitos pensam, a Luisa nunca colocou dinheiro algum no Instituto. Nenhuma doação sequer. Foi dinheiro das outras pessoas do grupo e de doações que fizeram as coisas funcionar ao longo desses anos. Vocês podem comprovar isso facilmente solicitando a ela que mostre qualquer depósito dela para o instituto”, afirmou.
Após dois dias sem se pronunciar sobre o assunto, Luisa Mell publicou um vídeo de mais de dez minutos negando que tinha uma “relação de fachada” com a organização e reafirmando ser a verdadeira fundadora. “Tive que vir a público contar a verdade. Facilmente passível de comprovação. Diante de tantas mentiras divulgadas sobre meu trabalho e da tentativa de desqualificar todo meu empenho durante tantos anos de dedicação no Instituto Luisa Mell”, iniciou ela.
“Há duas semanas relatei aqui que já tinha perdido o controle no Instituto e que estava lutando para recuperá-lo. Sou presidente fundadora e principal responsável civil e criminalmente pelo instituto. O que pode ser facilmente comprovado. Assim como qualquer pessoa que me acompanha por aqui também é testemunha do quanto sempre me doei para o instituto. Doei minha saúde, meu tempo, minha imagem, meu trabalho, meus contatos…” disse a ativista.
Luísa acrescentou que o ex-marido, Gilberto Zaborowsky, com quem ficou por 10 anos, fez doações para a ONG: “Meu ex-marido sempre fez doações. Fui casada com um homem rico, não tenho pensão milionária. Essa narrativa é tão vergonhosa, tão doentia, tão criminosa”.
A apresentadora declarou que começou a perder o controle da organização quando passou a delegar funções e que os embates iniciaram após ela confrontar as pessoas responsáveis por fechar parcerias sem a sua autorização. “Eu nunca tive salário no Instituto. Mas a partir do momento que descobri parcerias feitas em meu nome, sem minha autorização, com condições absurdas… resolvi não delegar mais tanto”, contou.
“Diante da minha postura de não aturar mais nada que não tivesse minha pré-autorização, visto que usavam meu nome e imagem, fui vítima de um golpe onde mudaram o regime de governança para que eu não pudesse decidir mais nada. Sem poder decidir, nem demitir funcionários, sem nenhum controle sobre gastos, sem nenhum poder de decidir de nada, nem os resgates que precisava fazer…”, continuou.
A ativista também reforçou que pretende resolver o imbróglio o mais brevemente possível. “Como eu poderia continuar pedindo dinheiro para vocês? Espero resolver logo esta questão. E continuar de qualquer maneira meu trabalho. Minha missão. Obrigada pela confiança e carinho”, concluiu. O Instituto Caramelo ainda não se pronunciou sobre o posicionamento de Luisa Mell.
Assista ao vídeo na íntegra abaixo:
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