Pai descobriu câncer terminal e teve ideia emocionante para surpreender filhas gêmeas nos próximos 30 anos

Pai descobriu câncer terminal e teve ideia emocionante para surpreender filhas gêmeas nos próximos 30 anos


Nick Keenan tinha apenas 34 anos quando faleceu cinco anos após receber um diagnóstico de tumor no cérebro, mas deixou algo especial para as duas filhas gêmeas. O pai passou os últimos nove meses de vida escrevendo cartas de aniversário para Rose e Sophia, que tinham apenas 1 ano e 5 meses na época. Agora, as irmãs possuem cartas com mensagens personalizadas até completarem 30 anos. Nesta quarta-feira (12), a mãe das meninas conversou com o Daily Mail e deu detalhes sobre o presente.

Segundo Victoria, viúva de Nick, ele era muito cuidadoso e, por isso, quis deixar os cartões para as meninas. “Ele queria estar com elas em espírito enquanto comemoravam seus aniversários sem ele. Espero que isso lhes dê uma ideia melhor de onde ele estava naquela fase de sua vida”, explicou. Recentemente, Sophia e Rose abriram o quarto cartão. Nele, Nick explicou qual seria a nova etapa na vida delas e fez um pedido. “Vocês são meninas crescidas agora e irão para uma escola grande em breve. Seja corajosa e cuide de sua irmã“, escreveu.

Rose e Sophia abriram a quarta carta de aniversário. (Foto: Brain Tumour Research)
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Nick vivia em West Sussex, na Inglaterra, e recebeu o diagnóstico de astrocitoma, um tipo de câncer no cérebro, em 2015. “Quando entrei na sala e vi que Nick estava chorando, sabia que algo estava errado“, relembrou a esposa. Como o tumor já estava do tamanho de uma bola de tênis, ele precisou passar por cirurgias para reduzi-lo, além de radioterapia, infusão e quimioterapia oral, que ocorreram bem até um certo período. “Nick era a rocha de todos e a minha. Ele era incrivelmente forte e trabalhava todos os dias em sua radioterapia e quimioterapia, nas quais me inspirei“, declarou. “Continuamos com a vida normal e pensamos que estávamos ganhando, e foi quando decidimos seguir em frente com a fertilização in vitro“, contou.

No entanto, as tentativas não impediram a morte do britânico. “Então, em dezembro de 2019, quando nossas meninas tinham apenas seis meses de idade, Nick percebeu que sua fala estava arrastada“, relatou. “Entramos em contato com o médico e acabamos voltando depois do Natal. Eu tive um pressentimento muito estranho de que seria nosso último Natal e então organizei a maior celebração convidando todos para vir e ficar conosco“, acrescentou.

Em março de 2020, descobrimos que seu tumor havia se desenvolvido em um glioblastoma e fomos informados de que ele provavelmente tinha menos de um ano de vida“, recordou. “Eles (os médicos) disseram que era de crescimento lento e provavelmente estava lá desde que ele nasceu“, explicou Victoria.

Victoria, mãe das meninas e viúva de Nick, luta para levar o debate sobre câncer no cérebro até as autoridades. (Foto: Brain Tumour Research)

Em seguida, a britânica contou o que fez após perder o marido em novembro de 2020. “Acho que a última memória dele era de estar em casa com a família. Ele nunca soube que foi para o hospital e morreu às 4h da manhã. Cheguei em casa às 6h, tomei banho e continuei sendo mamãe para nossas filhas de 17 meses, sabendo que papai não estava mais conosco“, contou.

Seis meses após o falecimento de Nick, Poppy, cachorrinha da qual ela tinha se tornado tutora quando o marido recebeu o diagnostico, também morreu. “Eu simplesmente não conseguia acreditar. Eles eram inseparáveis ​​e acho que ela foi enviada para cuidar dele, então foi com ele“, disse.

Agora, a viúva luta para que o governo considere a pesquisa de tumores cerebrais uma prioridade. A britânica está participando de uma campanha ao lado da Brain Tumor Research e colhendo assinaturas de apoiadores. O objetivo é atingir cem mil assinaturas para conseguir um debate parlamentar sobre o assunto. “Os tumores cerebrais são os maiores assassinos de crianças e jovens com menos de 40 anos, mas receberam apenas 1% do gasto nacional em pesquisa do câncer desde que os registros começaram em 2002. Isso é trágico e tem que mudar”, defendeu a mulher.

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