Adolescente desaparecida há 4 anos ressurge em delegacia dos EUA

Adolescente desaparecida há 4 anos ressurge em delegacia dos EUA


Uma história misteriosa envolvendo a jovem Alicia Navarro, desaparecida em 2019, teve uma reviravolta daquelas. Nesta semana, ela mesma foi até uma delegacia em Montana, nos Estados Unidos, afirmando que está bem e agradecendo o esforço dos policiais para encontrá-la. As informações são da Associated Press.

A jovem desapareceu poucos dias antes de completar 15 anos, em setembro de 2019. Ao longo do tempo, as autoridades receberam “milhares de denúncias”, em uma busca que envolveu até o FBI. Agora com 18, ela se identificou como a adolescente que sumiu do subúrbio de Glendale, em Phoenix, e pediu para ser removida da lista de crianças desaparecidas. “Ela está segura, saudável e feliz, segundo todos os relatos”, disse José Santiago, porta-voz do Departamento de Polícia de Glendale.

“Por mais de quatro anos, os detetives aqui seguiram milhares de pistas. Este caso está longe de ser encerrado. Continuamos investigando seu paradeiro nos últimos quatro anos e faremos isso junto de nossos parceiros federais. Alicia está pedindo privacidade neste momento. Estamos gratos por poder trazer algum tipo de encerramento para sua família. Também estamos gratos por ela parecer estar com saúde e feliz”, completou o porta-voz.

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Sozinha, Alicia garantiu às autoridades que ninguém a machucou e agradeceu por “se oferecerem para ajudar”. Apesar disso, as investigações devem continuar nos próximos dias. “Estamos apenas começando a montar o quebra-cabeça que é o desaparecimento e a volta dela. Eu só pediria paciência. Só podemos imaginar o que ela e sua família estão passando. Este é apenas o começo de onde esta investigação irá”, afirmou o tenente Scott Waite. “Não sabemos se ela esteve com alguém enquanto estava desaparecida. O que podemos dizer é que quando ela apareceu na delegacia estava sozinha”, acrescentou.

Alicia reapareceu nesta semana. (Foto: Divulgação)
Alicia reapareceu nesta semana. (Foto: Reprodução/ Fox News)

A menina também já encontrou brevemente com a mãe, Jessica Nuñez, mas não voltou ao Arizona. Jessica, inclusive, foi quem levantou a suspeita de que a filha pode ter sido atraída por alguém que conheceu na internet. O tenente descreveu o reencontro como “emocionalmente avassalador”. A menina ainda teria dito que lamentava “o que fez sua mãe passar”. Quando sumiu, Alicia deixou um bilhete para a família que dizia: “Fugi. Eu retornarei. Juro. Desculpe”.

Os familiares, que pediram privacidade, agradeceram aos policiais de Glendale em um comunicado divulgado pela Fox. “Queremos começar dizendo o quanto estamos felizes por Alicia ter sido encontrada viva e segura. É uma benção que, depois de estar desaparecida por tanto tempo, Alicia possa voltar para casa”, diz a nota.

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Alicia foi diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista. Ao New York Post, porém, um ex-agente do FBI apontou que a jovem pode ter desenvolvido síndrome de Estocolmo, quando a vítima cria um vínculo com o agressor. “Independentemente de ela ter sido ou não diagnosticada com autismo, o que me impressiona é o que vi em muitas das vítimas que ajudei a recuperar quando estava trabalhando nesses casos. Muitas vezes elas não reconhecem que são uma vítima. Costumava ser chamada de síndrome de Estocolmo. Agora é chamado de vínculo traumático”, explicou Jim Egleston.

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