Atirador deixa 22 mortos e mais de 80 feridos no Maine, EUA, e polícia divulga identidade do suspeito

Atirador deixa 22 mortos e mais de 80 feridos no Maine, EUA, e polícia divulga identidade do suspeito


Na noite desta quarta-feira (25), um ataque a tiros deixou pelo menos 22 mortos e cerca de 80 feridos em Lewiston, no Maine, Estados Unidos. O número de vítimas, porém, ainda pode aumentar, já que um balanço oficial não foi divulgado pelo governo. De acordo com as agências locais, um homem armado entrou em um boliche e começou a disparar contra os frequentadores. As autoridades seguem na busca do homem de 40 anos, identificado como Robert R. Card, e investigam se outra pessoa pode estar envolvida no crime.

O suspeito é considerado perigoso e a polícia divulgou uma foto, junto com um alerta para que os moradores não saíssem de casa. Comércios e empresas foram orientados a fecharem as portas e as aulas foram suspensas na rede pública da cidade. “Por favor, fique dentro de sua casa com as portas trancadas. Se você vir qualquer atividade ou indivíduo suspeito, ligue para o 911”, pediram os policiais. O FBI (Departamento Federal de Investigação) está auxiliando na investigação. Com baixo índice de criminalidade, o Maine não exige autorização para porte de armas.

Suspeito segue foragido. (Fotos: Departamento de Polícia de Lewiston)

No Facebook, a governadora do estado, Janet Mills, pediu para que os cidadãos obedecessem às orientações: “Peço a todas as pessoas na área que sigam as orientações da fiscalização estadual e local. Continuarei monitorando a situação e mantendo contato próximo com as autoridades de segurança pública”.

Robert Card foi identificado como suspeito. (Foto: Reprodução/ ABC)

Além da pista de boliche, o homem também entrou atirando em um bar/restaurante. Os dois espaços ficam a cerca de 6,5 km de distância um do outro. A imprensa local também fala em um ataque no centro logístico do supermercado Walmart, mas as autoridades não confirmam a informação. Até o momento, a polícia encontrou um carro branco, que pode ter sido utilizado pelo assassino, no distrito de Lisbon, a 11 km de distância de Lewiston. A hipótese é de que o atirador abandonou o veículo e fugiu de barco.

Segundo o The News York Times, Robert Card usou um fuzil semi automático no ataque. Ele é reservista do exército norte-americano e instrutor de tiro com histórico de doença mental. “Robert R. Card, considerado como uma pessoa de interesse em relação ao tiroteio, foi internado em um centro de saúde mental por duas semanas no começo de 2023 e posteriormente liberado”, disse um comunicado do Centro de Informações.

Carro branco pode ter sido usado pelo suspeito. (Foto: Departamento de Polícia de Lewiston)
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi avisado sobre o caso e segue acompanhando as atualizações. “O presidente conversou por telefone individualmente com a governadora do Maine, Janet Mills, os senadores Angus King e Susan Collins e o congressista Jared Golden sobre o tiroteio em Lewiston, Maine, e ofereceu total apoio federal após este ataque horrível”, disse a Casa Branca. O Centro Médico Central de Maine informou que está “reagindo a um evento de vítimas em massa, em coordenação com os hospitais da área para receber os pacientes”.

Centenas de policiais, com o auxílio de helicópteros, estão atuando na busca pelo suspeito. Desde o início de 2023, 565 tiroteios em massa foram registrados no país, provocando a morte de 595 pessoas. Caso o número de vítimas seja confirmado, o crime pode se tornar o sexto mais mortal da história dos EUA. O ataque mais violento aconteceu em Las Vegas, em 2017, quando 58 pessoas foram assassinadas e 441 ficaram feridas. O balanço é do instituto Gun Violence Archive.



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