Neste domingo (3), Emma Heming desabafou sobre as informações incorretas da mídia envolvendo Bruce Willis e a sua batalha contra a demência frontotemporal. Em vídeos publicados no Instagram, a empresária negou que o marido, de 68 anos, “não tem mais alegria em viver”, como foi noticiado, e falou como essas mentiras podem afetar a família.
No fim do ano passado, Glenn Gordon Caron, criador da série “O Gato e o Rato”, que apresentou Bruce ao estrelato, declarou que a alegria do ator “de viver se foi”. Sem citar nomes ou detalhes da notícia, Emma explicou que caiu num “clickbait” ao ler uma chamada sobre o diagnóstico do ator. “A manchete basicamente diz que não há mais alegria em meu marido – agora, eu posso dizer a vocês, isso está longe de ser verdade. Eu preciso que a sociedade e quem quer que esteja escrevendo essas manchetes estúpidas parem de assustar as pessoas“, rebateu.
“Pare de assustar as pessoas pensando que, uma vez que recebam o diagnóstico de algum tipo de doença neurocognitiva: ‘É isso. Acabou. Vamos fazer as malas. Não há mais nada para ver aqui. Terminamos’. Não, é completamente o oposto disso“, seguiu Emma, que explicou como sua família recebeu o diagnóstico de Bruce.
“100%, há dor e tristeza. Existe tudo isso. Mas você começa um novo capítulo e esse capítulo está preenchido. Deixe-me dizer com o que está preenchido. Está cheio de amor. Está cheio de conexão. Está cheio de alegria. Está cheio de felicidade. É onde estamos“, acrescentou. Na legenda, Heming refletiu mais sobre as informações imprecisas dos veículos de comunicação.
“Minha experiência é que duas coisas podem ser verdadeiras e existir ao mesmo tempo. Tristeza e amor profundo. Tristeza e conexão profunda. Trauma e resiliência. Tive que sair do meu próprio caminho para chegar aqui, mas assim que cheguei, a vida realmente começou a ganhar sentido e eu tive um verdadeiro senso de propósito. Há muita beleza e emoção nesta história“, escreveu.
“O que entendi é que estamos sendo educados pelas pessoas erradas. Pessoas que têm uma opinião versus uma experiência. Pessoas que não dedicaram tempo para se educar adequadamente sobre qualquer tipo de doença neurocognitiva. Por que posso ser tão ousada e dizer isso? Porque vejo manchete após manchete e notícias falsas. Não estou nem falando sobre minha família, estou acostumada com a loucura dessas manchetes e histórias absurdas“, continuou.
“Estou apenas falando sobre a conscientização básica sobre a demência e o que está sendo transmitido ao público. A depressão está aumentando em nossa sociedade. Sinceramente, acho que parte disso tem a ver com esse tipo de clickbait, como as coisas são enquadradas e enviadas para nós e como temos uma fração de segundo para absorver essas informações. A quem possa interessar, por favor, esteja atento à forma como apresenta a sua história ao público sobre a demência e vá mais a fundo. Existem tantas organizações e especialistas maravilhosos neste espaço para entrar em contato, para que você possa realmente fazer a devida diligência para esclarecer sua história, com bons conteúdos. Obrigada“, finalizou o post. Veja:
Em outro vídeo, Emma detalhou que essas chamadas também eram desanimadoras para aqueles que cuidam de pessoas que vivem com demência. “O que há de prejudicial em manchetes como essas não é sobre nós, somos bons, entendemos como funciona essa fábrica de fofocas. É prejudicial para o próximo cuidador e para a pessoa com diagnóstico de demência, porque quando alguém fora do seu círculo íntimo lê algo assim e essas manchetes são pintadas de uma forma tão sombria, faz com que essa pessoa se sinta menos confiante para prestar suporte ao cuidador ou à pessoa com demência, porque faz parecer que é tudo assustador. Não estou dizendo que a demência seja arco-íris e unicórnios. Não é“, disse.
“Mas há também um outro lado que é tão bonito, e eu só acho que quando as pessoas escrevem sobre demência, acho que elas precisam mostrar todos os lados, e não apenas focar na nuvem escura, porque a demência é muito mais do que isso“, pontuou a empresária, que, ainda, pediu para “reformularem” essa narrativa sobre a doença.
“Os parceiros de cuidados já estão enfrentando dificuldades no departamento de suporte. Estas manchetes que pintam este quadro constante de destruição e tristeza da demência são prejudiciais para eles enquanto tentam construir a sua unidade de apoio à sua volta. Ou poderia influenciar uma pessoa que está querendo ajudar, para o outro lado. Só peço que considere reformular esta narrativa negativa em torno da demência. Isso seria muito gentil e generoso com os futuros parceiros de cuidados e seu ente querido“, escreveu. Confira:
O diagnóstico
Bruce Willis parou de atuar em 2022, quando começou uma batalha contra a afasia, que causou a deterioração de suas habilidades linguísticas. Em fevereiro de 2023, a família revelou o diagnostico de demência frontotemporal (FTD), em uma declaração conjunta. “Desde que anunciamos o diagnóstico de afasia de Bruce na primavera de 2022, a condição de Bruce progrediu e agora temos um diagnóstico mais específico: demência frontotemporal”, dizia o comunicado.
“Infelizmente, os desafios de comunicação são apenas um sintoma da doença que Bruce enfrenta. Embora isso seja doloroso, é um alívio finalmente ter um diagnóstico claro“, concluíram. Mãe de Mabel, de 11 anos, e Evelyn, de 9, Emma também conta com o apoio da ex-mulher do ator, a atriz Demi Moore, e das enteadas Rumer, de 35 anos, Scout, de 32, e Tallulah, de 29.
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