Socialite carioca que estava sumida se manifesta pela 1ª vez após reviravoltas de caso na Justiça e detalha comportamento de motorista

Socialite carioca que estava sumida se manifesta pela 1ª vez após reviravoltas de caso na Justiça e detalha comportamento de motorista


Regina Lemos Gonçalves, socialite de 88 anos de Copacabana que estava desaparecida desde o fim do ano passado, retornou para seu apartamento e finalmente se pronunciou sobre os boatos de que havia sido vítima de um golpe do ex-motorista. De volta ao icônico Edifício Chopin, ela recebeu a impressa nesta sexta-feira (26), e deu sua versão dos fatos. Segundo a senhora, o homem não a agrediu em nenhum momento, mas teria roubado joias e dinheiro de seus cofres. 

O desaparecimento de Regina chamou a atenção dos moradores da zona sul carioca, que ficaram chocados com a notícia de que a idosa foi colocada em cárcere privado por meses. Contudo, em declarações divulgadas pelo jornal O Globo, ela afirmou que o motorista não chagou a bater nela. “Um dia ele gritou comigo, foi horrível. Ele me deixou ‘a zero’. Trinta e tantos anos de poupança, eu fazia questão de ter uma. Ele levou joias e pedras preciosas que o meu marido havia trazido para mim da Europa, Alexandrita. Ele pegou dentro do meu cofre”, declarou.

“Bater ele não se atrevia. Sou de uma família de tradição de Minas que não admite. Ele nunca ousaria me bater. Empurrou, deixou cair coisas na minha cabeça. Daqui por diante, com a graça de Deus, Divino Espírito Santo de Imaculada Conceição, eu vou ter uma vida tranquila nos meus fins de dias”, descreveu.

Reviravoltas no caso

Regina também comentou a decisão da Justiça do Rio de Janeiro, que tornou o ex-funcionário seu tutor legal. “Fiquei muito triste com a decisão da Justiça. Mas Deus sabe o que faz”, acrescentou. Ontem (25), a desembargadora Valéria Dacheux, da 6ª Câmara de Direito Privado, concedeu a tutela ao motorista, considerado oficialmente seu marido. O laudo divulgado pelo blog Segredos do Crime, da colunista Vera Araújo, apontou que a mulher pode ser “suscetível à manipulação e à implementação de falsas memórias”.

Edifício Chopin é vizinho do hotel Copacabana Palace, um dos mais tradicionais do Rio (Foto: Getty)

Em determinação da juíza substituta Claudia Leonor Jourdan Gomes Bobsin, da 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso, quem tinha a responsabilidade sobre Regina era o sobrinho Carlos Queiroz – filho de Painna, irmã da socialite. A situação mudou após um laudo feito por um psiquiatra particular atestar que a mulher demonstrava sinais de demência. “Desenvolveu rapidamente debilidade compatível com quadro demencial avançado”, diz o texto. Por causa disso, o motorista conseguiu sua interdição no início do ano, em uma decisão em segunda instância. O documento ainda ressalta que Regina deverá ser acompanhada por uma cuidadora escolhida com a aprovação da família, e que os parentes terão suas visitas averiguadas pela Justiça para que não haja acusações de cárcere privado.

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No entanto, em uma nova modificação na tarde de hoje (26), o desembargador Antônio Carlos Amado, da 3ª Câmara Criminal do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro (PJERJ), voltou atrás e definiu que o motorista deve ficar a 250 metros de distância da idosa: “Em vista do requerimento da agravante e da urgência em razão do conflito de decisões, e tendo em vista a vigência das medidas protetivas concedidas por este desembargador, desde 27/02/2024, inclusive com o afastamento do lar do companheiro. Dê-se ciência à ilustre desembargadora Valéria Dacheux, da 6ª Câmara de Direito Privado, para as providências cabíveis”.

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Motorista se pronuncia

O sumiço da moradora do luxuoso prédio de Copacabana também foi comentado pelo empresário João Chamarelli, que disse representar a família de Regina. Segundo ele, o motorista virou uma espécie de mordomo, de faz-tudo. Após ganhar confiança da senhora, foi dispensando os funcionários mais antigos, alegando que a casa não precisava de uma equipe tão grande. “Até que ela se deu conta que não tinha mais ninguém: só ela e ele. Ela lembra e relata os episódios, das pequenas, médias e grandes maldades”, alegou. Saiba mais detalhes, clicando aqui.

O motorista, no entanto, afirmou que todas as acusações a seu respeito são falsas, e que pretende tirar satisfações na Justiça. “É tudo mentira. Fizeram a maior armação comigo. Todos que falaram isso de mim serão processados. Tenho provas a meu favor. Meus advogados estão correndo atrás dos veículos que deram notícias falsas. Essa semana será tudo desvendado. João Chamarelli é um vigarista, o maior estelionatário do Rio de Janeiro. Ele diz que o nome dele é Chamarelli quando na verdade é Anderson Nascimento. Inclusive, ele já deu um calote na Regina”, disse ao Metrópoles.



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