Ed Sheeran diz na Justiça que vai deixar a música caso seja condenado em processo por plágio

Ed Sheeran diz na Justiça que vai deixar a música caso seja condenado em processo por plágio


Nesta segunda-feira (1º), Ed Sheeran afirmou que vai deixar a música caso seja condenado no julgamento sobre um suposto plágio em “Thinking Out Loud“, de 2015. O cantor é acusado de utilizar partes de “Let’s Get it On”, de Marvin Gaye, no hit do álbum “X”. Segundo o Daily Mail, Ed foi questionado sobre como está lidando com o julgamento e as acusações.

“Se isso acontecer, não faço mais música, vou parar. Acho realmente um insulto dedicar toda a minha vida a ser um artista e compositor e ter alguém diminuindo isso”, disse ele em depoimento.

O processo foi ajuizado em 2017 pelos herdeiros do falecido Ed Townsend – que co-escreveu a música com Gaye – mas só chegou aos tribunais em 2023. Eles alegam que Sheeran deveria compartilhar seus lucros, já que o artista teria supostamente usado uma melodia muito semelhante a “Let’s Get it On”, além de outros elementos musicais que formam o “coração” da música, o que violaria os direitos autorais.

O julgamento está acontecendo em Nova York, e os responsáveis pela ação pedem uma indenização de cerca de 100 milhões de euros (mais de 550 milhões de reais na cotação atual). “Let’s get it on” fez parte de trilhas sonoras de filmes e comerciais. Enquanto isso, “Thinking Out Loud” ganhou um “Grammy” na categoria “Música do Ano” e chegou ao segundo lugar da Billboard Hot 100.

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De acordo os advogados de Sheeran, a estrutura utilizada por ele está disponível on-line. “As duas músicas compartilham versões de uma progressão de acordes semelhante e desprotegida que estava disponível gratuitamente para todos os compositores”, afirmaram durante o processo.

Ed Sheeran está sendo acusado de plágio. (Foto: Getty)

No tribunal, os advogados da família Townsend apresentaram um vídeo em que Ed teria feito uma “transição perfeita” entre as duas músicas durante uma apresentação ao vivo. Segundo eles, esta era uma confissão de que ele havia “roubado” a música.

O músico, porém, alegou que em outras ocasiões combinou “Thinking Out Loud” com “Crazy in Love”, de Van Morrison, e “I Will Always Love You”, de Dolly Parton. “Eu misturo músicas em muitos shows. Muitas músicas têm acordes semelhantes. Você pode ir de ‘Let It Be’ para ‘No Woman No Cry’ e voltar. E, francamente, se eu tivesse feito o que você está me acusando, eu seria um idiota em subir no palco para 20 mil pessoas e fazer isso”, disse.

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Se Ed Sheeran for considerado culpado, haverá um novo julgamento para determinar o valor dos danos. O próximo álbum do cantor, o “Subtract”, está previsto para 5 de maio. Segundo ele, o novo projeto é um dos mais pessoais da carreira, sendo esta a primeira vez que escreveu as faixas sem pensar na opinião do público. O disco nasceu após um período conturbado na sua vida pessoal.

Compare as duas músicas:

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