A Polícia Civil conseguiu identificar o responsável pelo assassinato de Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, que teve o corpo encontrado em uma área de mata em Cajamar, São Paulo, na quarta-feira (5). O suspeito, identificado como Daniel, teria mantido um caso com o ex-namorado da jovem, Gustavo Vinícius Moraes, segundo o SP1.
De acordo com as autoridades, o homicídio foi motivado por vingança e ciúmes, e caracterizado como crime passional. Daniel contou com o auxílio de dois comparsas para cometer o assassinato. Os três, segundo a Polícia Civil, estão escondidos em uma área de mata, e as buscas estão sendo realizadas no local para encontrá-los.
Dois homens e uma mulher estão na delegacia para prestar depoimento. Eles foram chamados após a polícia realizar diligências na manhã de hoje.
Antes de desaparecer, Regina entrou em contato com seu ex-namorado. O delegado Aldo Galiano explicou que ela estava pedindo uma carona após sair do trabalho, mas ele não atendeu a ligação. Normalmente, Vitória fazia o trajeto com o pai, mas naquele dia o carro da família estava na oficina. “Foram coincidências terríveis, ou não”, disse Galiano.
Entenda o caso
Câmeras de segurança registraram Vitória deixando o shopping onde trabalhava e seguindo para um ponto de ônibus, no dia 26 de fevereiro. Durante o percurso, ela enviou áudios e mensagens a uma amiga relatando medo de dois homens em um carro que a assediaram, além de outros dois rapazes que embarcaram no coletivo junto com ela.

Testemunhas afirmam que a jovem desceu sozinha no ponto final, localizado no bairro rural de Ponunduva, onde morava com a família. Depois disso, ninguém mais a viu. Seus pais registraram um boletim de ocorrência denunciando o desaparecimento, e também procuraram ajuda na imprensa para divulgar o caso.
Após uma semana de buscas, o corpo da adolescente foi encontrado por cães farejadores da Guarda Civil Municipal (GCM) nesta quarta-feira (5). Ela estava nua, com a cabeça raspada e apresentava ferimentos. Familiares reconheceram a jovem por suas tatuagens e piercing.
Uma perícia foi solicitada para determinar o tipo de violência sofrida. Há indícios de que Regina tenha sido esfaqueada. O corpo foi velado no ginásio municipal e enterrado nesta quinta-feira (6).

A Delegacia de Cajamar chegou a pedir a prisão temporária do ex-namorado da jovem, mas o pedido foi negado pela Justiça, que alegou que não havia indícios de que ele tenha cometido o crime. A solicitação se deu por contradições no depoimento do rapaz, que compareceu à delegacia na quinta-feira para prestar esclarecimentos.
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