Jovem internada em UTI após cheirar pimenta tem função neurológica comprometida, diz boletim

Jovem internada em UTI após cheirar pimenta tem função neurológica comprometida, diz boletim


Em 17 de fevereiro, a jovem Thais Medeiros de Oliveira, de 25 anos, foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em um hospital de Goiás, após cheirar pimenta bode. Em boletim divulgado pelo g1, neste sábado (4), foi revelado que a trancista foi retirada da sedação, mas não apresentou qualquer resposta neurológica aos estímulos.

Ainda segundo o comunicado da Santa Casa de Anápolis, Thais passou por uma traqueostomia e foi retirada da ventilação mecânica na última sexta-feira (3). Após o procedimento, a equipe médica intensificou a realização de estímulos, mas, até a manhã de ontem, ela ainda não havia reagido.

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A unidade de saúde confirmou, ainda, que a jovem continua entubada, em estado grave e apresentou um quadro de febre alta no sábado. Sua pressão arterial está estável, mas a paciente ainda necessita de cuidados intensivos.

Relembre o caso

Segundo relato do namorado da jovem, Matheus Oliveira, Thais estava almoçando com ele quando começou a perder forças. “Ela estava na cozinha e entraram em assunto de pimenta. Então ela passou a pimenta no nariz e cheirou. A garganta dela começou a coçar e, logo em seguida, ela já foi perdendo as forças. E a levamos para o hospital”, contou o rapaz.

Thais teve uma reação alérgica na casa do namorado. (Foto: Arquivo Pessoal/ Adriano Medeiros)
Thais teve uma reação alérgica na casa do namorado. (Foto: Arquivo Pessoal/ Adriano Medeiros)

Thais, que tem asma, sofreu uma parada cardiorrespiratória. Ela deu entrada no pronto-socorro na sexta-feira, 17 de fevereiro, por volta de 12h, na Vila Jaiara. A jovem ficou cerca de sete minutos sem pulso e 15 minutos sem oxigênio.

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Adriana Medeiros, mãe de Thais, contou ao veículo que os problemas de respiração da filha são genéticos, e que a menina “nunca fumou, bebeu ou usou qualquer tipo de droga”. Medeiros apontou que a trancista nunca teve um quadro grave de reação alérgica antes do incidente.

Apesar de rara, existem outros relatos sobre a reação alérgica sofrida pela jovem. “Alergia a pimenta é extremamente rara, mas tem relatos na literatura [médica]. Ela entra no que chamamos de especiarias e alguns outros alimentos estão nesse conjunto, como a noz-moscada, pimenta preta, da Jamaica e canela”, disse a alergista e imunologista Lorena de Castro.

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No dia 21 de fevereiro, Thais passou por um exame que mostrou um edema cerebral – um inchaço de uma região cerebral ou de todo o cérebro, resultado do acúmulo de líquidos no tecido, aumentando o volume e consequentemente a pressão intracraniana. Desde então, a jovem não apresentou melhoras.

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