A ex-namorada de Hugh Hefner, fundador da Playboy, surpreendeu com a naturalidade de seu relato sobre as festas de Sean “Diddy” Combs, preso sob as acusações de tráfico sexual e outros crimes. Ao “The Kyle & Jackie O Show” desta quinta-feira (26), Kendra Wilkinson confirmou que havia sexo, mas que “nunca viu nada muito ruim” acontecendo nas celebrações.
Ela, entretanto, não chegou a descredibilizar as denúncias e pontuou que essa era apenas a sua experiência. “Eu me lembro de ter ido a uma ou duas [festas]”, contou Kendra, que também integrou o reality “The Girls Next Door”. “Mas, tipo, me diverti muito na minha juventude. Eu realmente nunca vi nada muito ruim acontecendo ao redor de mim. Sexo é sexo, na minha opinião. Não estou dizendo que algo ruim não aconteceu, estou dizendo que nada ruim aconteceu comigo“, revelou.
Wilkinson também observou que não era incomum ver sexo explícito nas festas de Hollywood, especialmente considerando que ela era uma frequentadora assídua das comemorações da Mansão Playboy. “Se você vai a uma festa na Mansão Playboy, haverá garotas de topless. Nós já não sabemos disso?“, comentou ela, se referindo à lendária piscina da propriedade.
Sean “Diddy” Combs era famoso por organizar festas com trajes brancos e convidados famosos, como Leonardo DiCaprio, Sarah Jessica Parker e Jennifer Lopez. Em março deste ano, a Polícia dos Estados Unidos encontrou mais de mil frascos de óleo de bebê nas casas do rapper, em Miami e nos Estados Unidos. Os produtos eram supostamente usados nos “freak-offs”, conhecidos como maratonas sexuais.
De acordo com as autoridades, esses encontros poderiam durar dias e eram filmados. Na descrição, eles também são definidos como “performances sexuais elaboradas e produzidas”, que envolviam uso abundante de drogas e sexo forçado, “deixando os participantes tão exaustos e esgotados que recebiam fluidos intravenosos para se recuperarem”.
Os responsáveis pelo caso também citaram a lei do crime organizado, usada há anos contra mafiosos e chefes do tráfico de drogas. Para eles, Combs mantinha os subordinados para cumprir suas ordens, esperava “lealdade absoluta” e comandava tudo com ameaças de violência. “Combs não fez isso sozinho”, afirmou Damian Williams, procurador dos EUA para o Distrito Sul de Nova York, em uma coletiva de imprensa na semana passada.
Após a investigação, Diddy foi preso em 16 de setembro, acusado de tráfico sexual, extorsão, sequestro, trabalho forçado, suborno e outros crimes. Ele teve a fiança negada pela Justiça de Nova York. Na decisão, o juiz Andrew Carter considerou “insuficiente” a proposta de Combs, devido ao histórico de violência, abuso de substâncias e à possibilidade de manipulação de testemunhas.
Novas acusações
Depois de ser detido, novas acusações contra o cantor vieram à tona, incluindo de mulheres que relataram abusos sexuais ao longo dos últimos anos. Um escritório de advocacia, localizado no Texas, informou que está representando mais de 50 clientes, que afirmam ter sido vítimas de Diddy e seus associados.
A notícia foi compartilhada pelo advogado Tony Buzbee, do escritório Buzbee, nesta quinta-feira (26), nas redes sociais. Em seu post, ele explicou que a empresa foi solicitada pela Ava Law Group “para atuar como a principal representante em busca de reivindicações, em nome de mais de cinquenta indivíduos que sofreram agressão sexual e abuso nas mãos de Sean ‘Diddy’ Combs e seus companheiros“.
Buzbee se referiu ao grupo como “corajoso” e observou que ele inclui “homens e mulheres” entre as vítimas. Além disso, ele afirmou que “muitos eram menores de idade quando o abuso aconteceu“. Segundo o advogado, alguns dos denunciantes “relataram os incidentes à polícia“. Ele fez questão de observar que “cada história individual é angustiante e de partir o coração“.
O representante acrescentou que os “atos reclamados ocorreram em hotéis, casas particulares e também nas infames festas de Diddy“. Tony ainda descreveu as “violações” como “alucinantes, devassas e depravadas, praticadas por pessoas poderosas contra menores e os mais fracos“.
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