Meghan Markle afirma que chegou a pensar em se matar, e revela que realeza se recusou a oferecer ajuda profissional: ‘Achava que resolveria tudo para todos’ – Assista


As revelações de Meghan Markle durante a entrevista com Oprah Winfrey, exibida neste domingo (7), nos EUA, foram além das desavenças com a cunhada, Kate Middleton, e o racismo da Família Real. Durante a conversa, que mais pareceu um grande desabafo, Markle revelou que a pressão da vida como parte da realeza fez com que ela chegasse a cogitar o suicídio. Que horror!

“Eu simplesmente não queria mais estar viva”, disse a duquesa, aos prantos, à Oprah Winfrey. Segundo Meghan, a enxurrada de reportagens negativas e os ataques da mídia sobre seu comportamento fizeram com que ela “simplesmente não enxergasse uma solução”. “Eu ficava acordada à noite e pensava: ‘Não entendo como tudo isso está acontecendo’”, relembrou.

Para a ex-atriz, os pensamentos invasivos ocorreram enquanto ela estava grávida de Archie, primeiro filho do casal. “Percebi que tudo estava acontecendo porque eu estava respirando”, lamentou Markle, insinuando que sua existência era o que ofendia a imprensa do Reino Unido. Na sequência, Oprah perguntou: “Você estava pensando em se machucar? Você estava tendo pensamentos suicidas?” Meghan então respondeu: “Sim. Isso foi muito claro”. “Achei que isso resolveria tudo para todos“, revelou. Meu Deus!

Segundo a Duquesa de Sussex, apesar de não querer sobrecarregar o marido com seus sentimentos, o único motivo que a impediu de seguir em frente com o suicídio foi uma conversa que teve com Harry. “Esse foi um pensamento constante, muito claro, real e assustador. Eu sabia que se não dissesse [que pensava em me suicidar], eu o faria”, declarou ela. “Eu estava realmente envergonhada de dizer isso na época, e com vergonha de ter que admitir para Harry, principalmente, porque eu sei quantas perdas ele sofreu”, chorou Meghan.

Markle contou que, no dia em que revelou os pensamentos ao marido, o casal participou de um evento no teatro Royal Albert Hall. A ex-atriz insistiu em marcar presença, mesmo contra os conselhos do amado, porque tinha medo do que faria se fosse deixada sozinha. “Eu tinha acabado de ter aquela conversa com Harry naquela manhã. Tínhamos que ir a este evento e lembro-me dele dizer: ‘Não ligo [se você não quiser ir]’. Então eu disse: ‘Não posso ficar sozinha’”, relembrou.

Para Oprah, a mãe de Archie afirmou ainda, que, mesmo fazendo ‘cara de corajosa’ em frente aos fotógrafos, não conseguiu segurar as lágrimas durante a fatídica noite. “Toda vez que aquelas luzes apagavam no camarote real, eu só estava chorando, e ele (Harry) estava segurando minha mão”, relatou Meghan. “Ele estava segurando minha mão e pensava, ‘Ok, o intervalo está chegando. As luzes estão prestes a se acender.’ Todos estavam olhando para nós, e você apenas tem que estar ligada novamente. E isso é tão importante que as pessoas se lembrem, é que você não tem ideia do que está acontecendo com alguém atrás de portas fechadas. Você não tem ideia. Mesmo as pessoas que sorriem os maiores sorrisos ou brilham as luzes mais brilhantes”, pontuou ela.

Segundo a ex-atriz, o evento a causa desconforto até hoje. “Uma das coisas que ainda me assombra é esta fotografia que alguém me enviou, do evento no Royal Albert Hall e um amigo disse, ‘Eu sei que vocês não olham para fotos, mas, meu Deus, vocês estão tão lindos’, e mandou para mim. Dei zoom e o que vi foi a verdade sobre aquele momento”, revelou. “Se você aumentar o zoom, poderá ver o quão firmemente os nós dos dedos [de Harry] estão agarrados aos meus. Você pode ver o branco das nossas juntas, porque estamos sorrindo e fazendo nosso trabalho, mas ambos estamos apenas tentando segurar”, disse. Que dor no coração!

Meghan e Harry durante o evento no Royal Albert Hall, em janeiro de 2019. Essa é a imagem à qual a duquesa se refere… (Foto: Getty) (Foto: Getty)
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No dia seguinte do ocorrido, Meghan procurou um membro sênior da família real e tentou obter ajuda profissional com um psicólogo. No entanto, Meghan revelou que foi rejeitada porque “não seria bom para a instituição”. Ela disse, ainda, que implorou à ‘firma’ – que explica ser um pequeno grupo de membros que trabalham para a família real – para ajudá-la a conseguir atendimento profissional. O grupo então a disse: “Meu coração está com você porque vejo o quão ruim é, mas não há nada que possamos fazer para protegê-la, porque você não é um funcionário pago da Instituição”, relatou. Que horror!

Quando questionada sobre a possibilidade de tentar buscar ajuda por si, a mãe de Archie afirmou que seria impossível. “Eu não poderia, você sabe, chamar um Uber para o palácio”, disse ela. “Eu compartilho isso porque há tantas pessoas que têm medo de expressar que precisam de ajuda, e eu sei como é difícil não apenas expressar, mas ouvir não”, aconselhou.

A Duquesa de Sussex acrescentou também que, na época, ela, sua família e amigos seguiram as ordens do Palácio para que, então, pudessem receber a proteção da instituição. No entanto, isso nunca aconteceu. “Eu acreditei nisso e acho que foi muito difícil conciliar isso. Só depois que nos casamos, e tudo começou a piorar muito que eu vim a entender que não só eu não estava sendo protegida, mas que eles estavam dispostos a mentir para proteger outros membros da família, e não estavam dispostos a dizer a verdade e proteger a mim e a meu marido”, concluiu.

IMPORTANTE: Se você ou alguém que você conhece está passando por dificuldades emocionais ou considerando o suicídio, ligue para o ‘Centro de Valorização da Vida’ pelo número 188. O CVV realiza apoio emocional, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, e-mail e chat 24 horas todos os dias. Para mais informações, clique aqui.

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