Após mudança de lei, mulher de 21 anos faz laqueadura no RJ e relato viraliza na web

Após mudança de lei, mulher de 21 anos faz laqueadura no RJ e relato viraliza na web


A jovem Paloma Melo, hoje com 22 anos, se submeteu a uma laqueadura logo após o nascimento de sua primeira e única filha. Seu relato acabou viralizando nas redes sociais, com outras mulheres buscando Paloma para tirar dúvidas sobre o procedimento, feito quando ela ainda tinha 21 anos.

A laqueadura é um procedimento de esterilização para mulheres que têm certeza de que não desejam uma gravidez futura. A cirurgia realiza o corte das trompas, interrompendo assim o caminho entre o ovário e o útero. Segundo Paloma, a intervenção médica não foi nada complicada.

[A cirurgia é feita] pelo umbigo, dois furinhos pequenininhos, na altura do umbigo, onde a calcinha tampa, tudo tampa”, contou ela, que ainda mostrou fotos do momento em que estavam realizando a videolaparoscopia, técnica minimamente invasiva realizada por auxílio de uma endocâmera no abdômen.

Ela contou, ainda, que a decisão partiu dela e do marido, que compartilham a filha Isabella Melo, de 2 anos. “Uma decisão tão nossa quanto casal, como quanto amigos. Decidimos proporcionar o melhor dessa vida para a Isabella, por isso optamos por ela ser filha única, a única princesa do nosso castelo”, escreveu a jovem no Instagram.

Além do apoio do companheiro, Paloma também foi incentivada pelos familiares. “Minha família super me apoiou, minha mãe falou ‘isso aí, faz mesmo’. Minhas irmãs também, minha cunhada me apoiou muito, minhas amigas. Eu não tive alguém que falasse para eu não fazer, porque iria me arrepender”, contou ela.

Paloma mostrou cliques ao longo de sua estadia no hospital. (Foto: Reprodução/Insttagram)
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Paloma ainda revelou que recebeu uma série de mensagens de mulheres nas redes sociais após contar sobre seu caso. Ao responder os questionamentos, ela esclareceu que ficou apenas um dia internada, não sentiu dores, somente um desconforto após o procedimento, e recebeu 15 dias de atestado médico para a recuperação.

A jovem apontou, ainda, que o procedimento pode ser realizado pelo SUS, mas revelou que o seu foi feito em uma unidade de saúde particular, por meio de convênio com plano de saúde. Paloma contou que não enfrentou burocracias para realizar o procedimento, apenas passou por uma consulta, fez os exames pedidos e preencheu termos de responsabilidade. Na consulta seguinte, ela marcou a data para o procedimento, que ocorreu pouco depois e não precisou de muita preparação, apenas jejum horas antes.

Ela reforçou, ainda, estar muito contente com sua decisão. “Era algo que eu queria fazer há muito tempo e tinha muita certeza, antes mesmo de fazer já me sentia realizada”, destacou.

A jovem disse estar muito feliz com sua decisão. (Foto: Reprodução/Instagram)
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Mudança na lei

Até o ano passado, apenas mulheres com ao menos 25 anos de idade poderiam realizar a operação. Entretanto, a legislatura foi alterada e aprovada no Senado em agosto de 2022, permitindo que mulheres realizem o procedimento a partir dos 21 anos.

A nova lei, que só entrou em vigor em março deste ano, também reduziu a idade mínima para a esterilização voluntária de homens e liberou a operação para pessoas sem filhos (com a idade mínima de 21 anos).

O texto não exige mais o consentimento por parte do parceiro e garante, ainda, que pessoas que tenham pelo menos dois filhos vivos, mesmo com menos de 21 anos, possam realizar os procedimentos.

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