Estudantes de medicina fazem masturbação coletiva diante de jogadoras de vôlei em SP, e vídeo causa revolta

Estudantes de medicina fazem masturbação coletiva diante de jogadoras de vôlei em SP, e vídeo causa revolta


Neste final de semana, um vídeo de estudantes de medicina simulando uma “masturbação coletiva” durante um jogo de vôlei feminino, em São Paulo, causou revolta nas redes. O episódio envolvendo alunos da Universidade de Santo Amaro (Unisa) aconteceu no Intermed, competição esportiva entre universidades realizada de 2 a 9 de setembro. Em nota, nesta segunda-feira (18), a União Nacional dos Estudantes se manifestou sobre o caso.

Nas imagens, mais de 20 homens aparecem correndo na quadra com calças abaixadas, encenando uma “Volta Olímpica”. Em outro vídeo, os estudantes presentes na plateia simulam uma masturbação, no que fora chamado de “punhet*ço”. Os registros ganharam repercussão e autoridades políticas pediram a responsabilização dos alunos por “importunação sexual”. No Brasil, a pena varia de um a cinco anos.

O caso foi criticado pelo influenciador Felipe Neto, que acionou o Ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino. “Olá, ministro. Sei que pode parecer ‘pouco’, mas não é. Que recado o país está dando ao deixar que esses alunos de medicina façam isso impunemente? Isso é crime. Teremos o silêncio das autoridades por se tratarem de futuros médicos? Ou algo será feito? Confio em você”, escreveu, ao publicar os registros que viralizaram.

Ele também cobrou um posicionamento da Unisa, que não se manifestou até o momento. Olá, Unisa, o Brasil está esperando o posicionamento de vocês quanto aos alunos de medicina que se masturbaram publicamente nos jogos universitários, cometendo crimes. A faculdade não vai se pronunciar? Não vai fazer nada?”, questionou.

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Segundo a deputada Marina do MST (PT), parte do time de futsal masculino da instituição foi expulsa dos jogos após a cena. “O ato se configura como importunação sexual e deve ser encarado com a seriedade que merece. São essas mesmas figuras que cuidarão da nossa sociedade quando formados médicos? Não por acaso, o curso da mesma faculdade é conhecido pelos trotes violentos, misóginos e hierarquizantes. Esse tipo de cultura universitária precisa ser questionada e revista”, escreveu.

Talíria Petrone (PSOL-RJ) também se revoltou com o conteúdo dos vídeos e a atitude dos “futuros médicos”: “Simplesmente nojento e criminoso o que estudantes de Medicina da Unisa fizeram no Intermed, torneio esportivo entre faculdades de Medicina de São Paulo. Esperamos que a Unisa tome providências, porque é um horror pensar que esses homens serão futuros médicos”.

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Apesar da universidade não ter comentado o caso, o Centro Acadêmico Rubens Monteiro de Arruda, da faculdade de Medicina da Unisa, repudiou a cena. “Repudiamos as atitudes demonstradas nos vídeos que estão circulando nas mídias sociais. Tais feitos são um retrocesso para a nossa universidade e, portanto, não representam a nossa querida Casa”, diz a nota.

(Foto: Reprodução/ Instagram)
(Foto: Reprodução/ Instagram)

A Associação Atlética Acadêmica José Douglas Dallora também comentou o episódio e as consequências. “As filmagens circuladas pela mídia não são contemporâneas e não representam os princípios e valores pregados pela atlética. Não toleramos ou compactuamos com qualquer ato de abuso ou discriminatório”, afirma o comunicado publicado nas redes sociais.

Nesta segunda-feira (18), a União Nacional dos Estudantes chamou as imagens de “absurdas”, afirmando que cenas como esta não são toleráveis e pedindo a responsabilização imediata dos estudantes. “Absurdas as cenas dos alunos de medicina da Unisa durante os jogos universitários. Esses estudantes precisam ser responsabilizados pelos crimes cometidos em uma conduta inaceitável durante um jogo de vôlei feminino. Não podemos tolerar que casos como esse continuem acontecendo. A nossa luta sempre será por um ambiente universitário sem machismo e sem assédio!”, diz o texto.

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