A investigação do atentado com bomba próximo ao Supremo Tribunal Federal (STF) revelou detalhes sobre a morte de Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiü França e identificado como responsável pelo ataque. Peritos da Polícia Federal concluíram que o homem morreu de traumatismo cranioencefálico causado pela detonação dos explosivos que ele próprio acionou.
O exame necroscópico, divulgado pelo “Fantástico” deste domingo (17), apontou fraturas extensas no crânio e amputação dos dedos da mão direita, sugerindo que ele segurava a bomba próximo à cabeça no momento da explosão.
Segundo trechos exibidos no programa, os investigadores descobriram no local da residência de Francisco em Ceilândia, região próxima a Brasília, pelo menos oito bombas improvisadas feitas de pólvora e fragmentos metálicos. Os dispositivos foram desenhados para maximizar os danos, lançando estilhaços ao serem detonados.
Segundo os registros, Francisco usou técnicas similares àquelas encontradas em fogos de artifício para construir os explosivos. Há indícios de que ele planejava não apenas causar um estrago na praça, mas também tinha como alvo potencial o ministro Alexandre de Moraes.
O caso continua sob investigação, com a Polícia Federal ouvindo diversas testemunhas, incluindo o vendedor dos fogos de artifício utilizados nos explosivos e os vizinhos de Francisco. A PF agora busca autorização judicial para quebrar o sigilo telemático do celular do homem para entender melhor suas motivações e se ele agiu sozinho.
Homem-bomba gastou R$1,5 mil em fogos
Conforme o dono do estabelecimento em Ceilândia, no Distrito Federal, o homem-bomba efetuou as compras nos dias 5 e 6 de novembro. Ao todo, ele gastou R$ 1,5 mil.
Imagens de câmeras de segurança foram obtidas pela Polícia Civil do DF e repassadas à Polícia Federal, que investiga o caso na Divisão Anti-terrorismo. A PCDF informou que a loja de Fernando Pereira está regulada e não fez uma venda proibida. O dono, inclusive, teve a iniciativa de procurar as autoridades, relatar o ocorrido e contribuir com as investigações. Veja os registros, clicando aqui.
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