Presa por envenenamento de família do ex fingiu gravidez, fez perfis falsos e até chá revelação antes de mortes

Presa por envenenamento de família do ex fingiu gravidez, fez perfis falsos e até chá revelação antes de mortes


Mais detalhes sobre a relação de Amanda Partata e a família de Leonardo Pereira Alves estão vindo à tona. Nesta quinta-feira (21), o delegado responsável pela investigação revelou à imprensa como a advogada teria envenenado o policial e sua mãe, Luzia Tereza Alves. Carlos Alfama ainda descreveu o modus operandi da suspeita e apontou como ela perseguia os parentes do ex-sogro online.

De acordo com o agente, Amanda teria cometido o crime por não aceitar o fim do relacionamento de um mês e meio com o filho de Leonardo. Os dois estavam separados desde agosto, mas antes do término, a mulher anunciou uma gravidez que nunca existiu, e continuou convivendo com a família. Ela chegou a organizar uma festa de chá revelação para contar que estava esperando uma menina. Contudo, o delegado apontou que tudo não passou de uma grande farsa.

“Ela não está grávida agora e já não está grávida há algum tempo, apesar dela ainda dizer que está grávida. O exame Beta HCG, que a própria defesa dela nos trouxe, mostra que deu zerado, ou seja, ela não está grávida há algum tempo, mesmo fingindo ter enjoos da gravidez”, disse Alfama em um trecho divulgado pelo g1.

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Além da falsa gravidez, a investigação apontou que a advogada criou pelo menos seis perfis fakes nas redes sociais para ameaçar o ex de morte. A mulher ainda tinha o costume de fazer ligações para os familiares do rapaz através de um aplicativo que escondia seu número. Frases como “Vou matar você e a sua namoradinha” e “Depois não chore em cima do sangue deles” foram enviadas. Ao todo, mais de 100 números foram bloqueados por Leonardo antes de sua morte.

Polícia negou qualquer participação da confeitaria nas mortes (Foto: Reprodução/Instagram)

O envenenamento

Para a Polícia Civil, Amanda colocou veneno em um suco dado às vítimas. Leonardo e sua mãe, Luzia, passaram mal depois de uma refeição e morreram em um intervalo de algumas horas. “Foram comprados diversos alimentos. Até por uma questão técnica, é mais possível que o veneno tenha sido ministrado no suco, porque é mais fácil dissolver o veneno no meio líquido”, explicou o delegado. A perícia ainda analisa qual substância foi usada nos homicídios.

“Mesmo que a perícia não encontre veneno nas substâncias apreendidas, a certeza é de uma morte por envenenamento. Não foi intoxicação alimentar, isso a perícia facilmente já detectou. Não foi infecção bacteriana. Qual a outra possibilidade? O perito apontou: a morte foi por envenenamento”, decretou Alfama.

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Durante a semana que antecedeu o crime, Amanda se hospedou em um hotel em Goiânia, fez exames médicos, saiu para comprar roupas e se encontrou com o ex-sogro e a mãe dele no domingo para um lanche. Para a refeição, ela levou biscoitos, pão de queijo, suco e bolos de pote. A advogada permaneceu por cerca de três horas no local e voltou para sua casa em Itumbiara com um carro de aplicativo. Ainda durante o percurso, Leonardo enviou uma mensagem falando não estar se sentindo bem.

Leonardo Pereira Alves de 58 anos, e a mãe dele Luzia Tereza Alves, de 86, morreram após consumirem um alimento envenenado. (Foto: Reprodução/Instagram)

A prisão

Amanda foi presa na tarde desta quarta-feira (20). Ela foi encontrada em uma clínica psiquiátrica em Aparecida de Goiânia, após, segundo o delegado, tentar tirar a própria vida. De acordo com o Metrópoles, o agente ainda destacou a frieza da suspeita ao ser detida. A representante da mulher afirmou que ela negou o crime durante o interrogatório.

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